sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Pratica da solidão

Insensatez é para preguiçoso
que se chateia em pensar e vive de roer o osso
é complicado imaginar um mundo menos ocioso
em matéria de se expressar cospe se a fruta engole o caroço
essa é a parte mais fácil
daria pra escrever um livro
o ser humano é ágil mas consome o que é lixo
sua realidade não tem tudo a ver com seu compromisso
sonhamos com a liberdade e nos trancamos feito bichos
sem ir pra rua viver a moda aqui é manter a rede social cheia de quem não diz oi pro cê
quem sabe assim esquecer o porque deixou de crescer
as frustrações te consome
e a preferência é dizer muito mais do que fazer
não é fácil de entender
vida real não agrada mas tem valor a TV
é da verdade encarada que se constroe a piada
sem disposição pra nada
deixam os fatos e venham as fadas

sim salabim
também quero um pouco pra mim
tirando do meu xaxim
realidade ou festim
é de trompete ou clarim
a sinfonia do sim
seja pincel ou rolin
mas colorido assim
quando desvia da coerência
o "não" enquadra a consciência
do principio pressuposto e consumido
o caos inverte ao ócio enquanto pela arte eu brigo
com inimigo vira sócio
com dinheiro faz amigos
constroe sem teto o abrigo
não tem jardim mas jazigos
quem tem menos paciência
faz o império no umbigo.

Pamela Rosa

2 comentários:

  1. vazios preenche tanto se souber usá-lo!!!!
    Use com moderação!!!!

    ResponderExcluir
  2. Muito bem posto!
    Tudo rimando sem alvoroço.
    Sua acidez docemente inebriante tem uma cadência estimulante. rs...
    Beijos

    ResponderExcluir